quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


Secretário da UVB adverte que PEC pode inviabilizar câmaras municipais.

O secretário-geral da União dos Vereadores do Brasil, Eliezer Fernandes, de Bela Vista de Goiás (GO), advertiu os colegas que a "PEC dos Vereadores" poderá inviabilizar as atividades da maioria das câmaras de vereadores e deixar sem emprego cerca de 100 mil pessoas. "Não se trata mais de aumentar o diminuir o número de vereadores, mas do repasse do duodécimo às câmaras", advertiu.
No Encontro Nacional dos Vereadores, que se realiza no Hotel Nacional, em Brasília, Eliezer Fernandes afirmou que o corte de recursos para as câmaras municipais interessa a pessoas que não querem ser fiscalizados. Sem citar nomes, o secretário-geral da UVB disse que o legislativo municipal está sendo discriminado. "Existe uma grande dificuldade para a sobrevivência das câmaras".
A União dos Vereadores do Brasil (UVB) alega que a alteração da PEC aprovada no fim do ano, pelo Senado Federal, não traria mais gastos. O vice-presidente da UVB, Sebastião Misiara, afirmou que a própria Constituição já limita as despesas com os Legislativos Municipais. "Vamos mostrar que os deputados estão cometendo um equívoco.
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, disse que não há como a Câmara promulgar a proposta. Segundo ele, a PEC vai ter nova tramitação na Câmara, começando pela Comissão de Constituição e Justiça, passando depois por uma comissão especial e por último pelo Plenário.Fernandes lamentou que "a nossa classe política é a mais desunida do Brasil", embora agregue 51,8 mil vereadores. E anunciou que a partir desse ano a União dos Vereadores do Brasil vai ampliar a base de atuação nos estados.
"Queremos estar em todos". O presidente da UVB, Bento Batista da Silva, que é vereador em Juranda (PR), explicou que conversou hoje com representantes de dois estados para que seja criada uma representação. "Nossos objetivos são grandes, mas vai depender de nossa motivação e do trabalho de nossos colegas em cada câmara municipal".

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